Marcos Cristaldo responde aos questionamentos da imprensa |
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Urbano – Semadur convidou comerciantes e suas associações para discutir sobre o
uso e disponibilização racional das sacolas plásticas no comércio da Capital. A
intenção foi debater possíveis soluções para reduzir a utilização de sacolas plásticas e
atitudes para estimular o uso de sacolas retornáveis “Lançamos a política
municipal de resíduos sólidos, e a utilização das sacolas faz parte dessa
política. Estamos aqui hoje para discutir estratégias de como Campo Grande irá agir
com relação a esse assunto”, explicou Marcos Cristaldo, secretário da Semadur.
Segundo Cristaldo a educação ambiental e a conscientização
são os primeiros passos para mudar os hábitos de uma sociedade “Apostamos na
conscientização ambiental, precisamos definir estratégias e debates com os
envolvidos para novas soluções nesta questão”. Ressaltou ainda que para o sucesso
das ações deverá haver uma responsabilidade compartilhada entre poder público, indústrias,
comerciantes e sociedade.
O evento foi o primeiro de uma série. A proposta da Semadur é
desenvolver um trabalho em conjunto para estabelecer no município uma meta de
redução no uso de sacolas equivalente à nacional, que é de 40% até 2013 e 50%
até 2015.
Segundo Adeilton Feliciano Prado, vice-presidente da
Associação Brasileira de Supermercados – ABRAS em Mato Grosso do Sul, esta
ação é de grande contribuição para o meio ambiente “Todo o varejo brasileiro
utiliza sacolas plásticas, deste modo, devemos encontrar alternativas que
contribuam com a diminuição da distribuição dessas sacolas. No mercado já temos
opções como a ecobag e as sacolas biodegradáveis. Assim a Associação Sul Matogrossense
de Supermercados – AMAS apoia a iniciativa”, expôs Adeilton.
Redes como o Carrefour, Walmart, Atacadão, Rede Econômica,
Alemão Conveniência e Comper participaram da reunião. Para Albanes Thiago da
Silva, gerente de operações da rede Comper a iniciativa é muito boa para a
população “Nós já incentivamos nossos clientes a utilizar sacolas
retornáveis.”, contou Albanes.
A Rede Econômica de supermercados tem realizado medidas como
treinamento e orientação aos seus funcionários “Entre 2010 e 2011 reduzimos em
22% a distribuição de sacolas, devido às ações que implantamos. Nossos funcionários
empacotam os produtos de acordo com a capacidade das sacolas. Nós todos da Rede
somos favoráveis e apoiamos a iniciativa da prefeitura.”, relatou José Gilberto
Fernandes, representante da Rede Econômica.
Desde 2004 o Atacadão não fornece sacolas plásticas aos seus
clientes. “No primeiro momento não agradou nossos clientes, mas hoje todos
estão conscientes da atitude do mercado. Nós oferecemos sacolas retornáveis e
biodegradáveis. A renda com a venda das sacolas é revertida para a ONG Doutores
da Alegria.”, explicou Flávia Regina de Almeida, assistente administrativa do
Atacadão.
Para Juliana Casadei, chefe da Divisão de Fiscalização de
Políticas Sustentáveis e Educação Ambiental da Semadur, o envolvimento da
população e as ações do poder público são fundamentais para uma mudança “Com
persistência e envolvimento podemos conscientizar a sociedade para uma nova
realidade voltada para a educação ambiental. A população está aderindo, se
envolvendo nas ações que são desenvolvidas pela administração.”, esclareceu
Juliana.
Representantes da Fercomércio, ABRAS, Semadur e Sindiplast |
Representante da Federação do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo do Estado de Mato Grosso do Sul – Fecomércio e do Sindicato das Indústrias
de Plásticos e Petroquímicas de Mato Grosso do Sul - Sindiplast-MS estiveram
presentes no evento e apoiaram o objetivo da reunião em reduzir a utilização
das sacolas e os impactos ambientais gerados com a destinação incorreta das
sacolas plásticas já utilizadas.
“Através da educação, sensibilização e uma conscientização
de toda a população poderemos mudar hábitos e costumes. Incentivos e ações como
esta são fundamentais para o meio ambiente e para nossa qualidade de vida”
apontou Mara Calvis, educadora ambiental do Centro de Educação Ambiental- CEA
Polonês.
O secretário Marcos Cristaldo afirmou na reunião que não é intenção
da administração municipal intervir no comércio, mas sim criar mecanismos que
diminuam os impactos gerados com os resíduos no meio ambiente. “Este é um
momento de discutir democraticamente as futuras ações que serão implantadas.
Desejamos ampliar a aplicação da política de resíduos sólidos já existente no
município.”, finalizou Cristaldo.
Katia Tavares DRT/MS 352
Fotos: Mayara da Quinta
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